Tony Romeo, um ex-oficial da Aeronáutica dos EUA e atual diretor-executivo da empresa Deep Sea Vision afirmou, na última segunda-feira (29) que encontrou o avião de 1937. Ele deu uma entrevista à rede NBC, dos EUA (entenda em detalhes aqui).
Quem foi Amelia Earhart
Amelia nasceu em 24 de julho de 1897 em Atchison, Kansas, nos Estados Unidos, mas morou em várias cidades. Sua família mudava-se com frequência, sempre dentro dos EUA, quando Amelia ainda era criança.
Seu pai era advogado ferroviário, e sua mãe vinha de uma família rica. Após a morte dos avós, a família enfrentou dificuldades financeiras em meio ao alcoolismo do pai. Amelia concluiu o ensino médio em Chicago, em 1916.
Imagens de Amelia Earhart em um vestido de gala e como aviadora — Foto: Imagens de domínio público/Via Wikicommons
O primeiro contato com a aviação foi durante a Primeira Guerra Mundial, quando visitou a irmã em Toronto e decidiu ficar no Canadá para trabalhar em um hospital militar.
Sua primeira viagem de avião foi 1920, quando ela descobriu sua paixão de vida e começou a ter aulas de voo com a aviadora Neta Snook.
Quando completou 25 anos, Amelia comprou um biplano Kinner Airster amarelo que ela chamava de canário. Em 1922, ela estabeleceu o recorde feminino de altitude para a época, de 14.000 pés.
Quando seus pais se divorciaram, em 1924, Amelia mudou-se para o estado de Massachusetts, nos EUA. Ela trabalhou em uma casa que abrigava imigrantes, mas não desistiu do sonho da aviação.
Como relata o National Women’s History Museum, a vida de Amelia mudou em 1928, quando ela conheceu o editor George Putnam, que a convidou para se tornar a primeira mulher a cruzar o Atlântico de avião, mas como passageira.
Quando o voo aterrizou na Europa, em 17 de junho de 1928, o nome de Amelia virou sensação. Putnam continuou sendo seu promotor, publicando seus dois livros: “20 Hrs. 40 Mins” (1928) e “The Fun of It” (1932). Eles se casaram em 1931, mas Amelia manteve seu nome de solteira e dizia considerar o casamento como uma parceria igualitária.
A popularidade de Amelia trouxe oportunidades de ser editora de aviação na famosa revista “Cosmopolitan” por um breve período. Em 1932, ela se tornou a primeira mulher a voar sozinha através do Atlântico — dessa vez como piloto. Ganhou prêmios e ajudou a fundar a Ninety-Nines, uma organização para mulheres aviadoras.
Ela também se aventurou na moda, quando projetou uma linha de roupas femininas funcionais, incluindo vestidos, blusas, calças, ternos e chapéus, inicialmente usando sua própria máquina de costura. Amelia projetou ainda uma linha de malas leves de compensado cobertas de lona.
A aviadora completaria 40 anos quando decolou em seu último voo. Ela sobrevoava o Oceano Pacífico, entre a Austrália e o estado do Havaí, quando desapareceu em 1937 — era esperado que o voo pilotado por Amelia passasse por Howland, uma pequena ilha no meio do caminho, mas nunca chegou.
Dois anos depois, em 1939, Earhart foi declarada morta. Os investigadores concluíram que ela havia caído em algum ponto do Oceano Pacífico, mas a aeronave e os corpos nunca foram encontrados (o navegador Fred Noonan também estava na aeronave).
Imagem de Amelia Earhart — Foto: Library of Congress