Ao Portal 6, presidente do Sincovan contou mais sobre as dificuldades e adaptações necessárias para bater de frente com a nova realidade
Davi Galvão –
Já não é de hoje que se escuta por aí que a modernidade trouxe várias facilidades, especialmente na hora de fazer compras. O que antes necessitava de um deslocamento até o local, experimentar roupas e, por fim, fazer a decisão, já pode ser feito apenas com alguns cliques na tela.
Especialmente depois da pandemia, período no qual o país movimentou R$ 450 bilhões em transações online, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a modalidade virtual se consolidou como uma enorme concorrente. Isto, é claro, alterou profundamente a rotina do comércio em Anápolis.
Ao Portal 6, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Anápolis (Sincovan), Air Ganzarolli explicou que, realmente, as grandes companhias internacionais – como a Shopee e a Shein, por exemplo – operam com preços cada vez mais competitivos, representando um desafio a ser superado.
“Não tem como negar que foi um impacto grande. Ainda mais depois da pandemia. São lojas virtuais, que não precisam se preocupar com funcionários em um espaço físico, pelo menos não da mesma forma que um pequeno comércio. Hoje, você passa pelo Centro e vê alguns pontos para alugar, locais abandonados, infelizmente acontece”, comentou.
Porém, não é como se fosse uma batalha perdida. Muito pelo contrário. Air garante que, apesar de todas essas dificuldades, o varejo em Anápolis permanece forte, graças a adaptabilidade dos trabalhadores.
Segundo ele, o que aconteceu foi que os comerciantes entenderam que, para conseguir acompanhar essas grandes concorrentes, era necessário também “entrar no jogo”.
“Por mais que um ponto ou outro a loja tenha fechado, são vários os lojistas que agora tem tanto o espaço físico, quanto um site, uma plataforma virtual, para aumentar o alcance”, destacou.
“São novos tempos, não tem como o pequeno comerciante ficar só com os produtos a disposição na loja”, sustentou.
Para ele, apesar da clara existência dos clientes “das antigas”, é necessário que os empresários estejam cada vez mais antenados e dispostos a pensar “fora da caixinha”.
“Claro, tem pessoas que ainda preferem ir até o local, sentir a roupa, experimentar o produto, mas se o empresário não explorar também o virtual, não tem como competir”, pontuou, por fim.
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