O THAAD, ou Sistema de Defesa Terminal de Alta Altitude, é um sistema de defesa antimísseis terrestres que pode ser transportado e é altamente eficaz contra ameaças de curto e médio alcance. Parte crítica dos sistemas de defesa aérea em camadas do Exército dos EUA, o THAAD se soma à já avançada defesa antimísseis que Israel possui.
“O sistema THAAD está em posição”, disse Austin, falando com repórteres antes de sua chegada à Ucrânia.
Austin não quis dizer se o sistema já estava operacional, mas acrescentou: “Temos a capacidade de colocá-lo em operação muito rapidamente e estamos de acordo com nossas expectativas”.
Em um comunicado oficial, o Pentágono disse que alguns militares americanos já estão trabalhando na montagem do equipamento, mas que outros ainda irão nos próximos dias e que o THAAD “estará totalmente operacional em breve”.
“O envio da bateria THAAD para Israel destaca o compromisso dos Estados Unidos com a defesa de Israel e com a proteção dos americanos em Israel contra quaisquer ataques de mísseis balísticos do Irã”, disse o Pentágono na semana passada.
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Embora seja utilizado para a defesa terrestre, o sistema também pode atingir alvos fora da atmosfera.
O sistema será operado pelos militares americanos na defesa do país aliado contra eventuais ataques do Irã.
O secretário de Defesa, Lloyd Austin, “autorizou o envio de uma bateria de defesa de grande altitude (THAAD) e de uma equipe de militares americanos a Israel, que ajudarão a reforçar as defesas aéreas do país após os ataques sem precedentes do Irã”, disse o porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder.
Lanaçador de mísseis do tipo THAAD em imagem de arquivo do Exército Americano — Foto: Divulgação/Exército dos EUA
O que significa o envio do sistema Thaad para Israel?
O Pentágono disse que o envio do THAAD “destaca o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a defesa de Israel e com a defesa dos americanos em Israel contra qualquer ataque adicional de mísseis balísticos do Irã”.
Os Estados Unidos já haviam enviado uma bateria antiaérea Thaad para o Oriente Médio após o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro do ano passado. E, em 2019, para um exercício de defesa aérea em Israel.
Tensões Israel x Irã
O Irã disse que seu ataque de mísseis contra Israel, realizado no início de outubro, foi uma resposta aos assassinatos do líder da milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um alto comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, em Beirute, e do líder do grupo palestino Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, supostamente cometidos por Israel, mas não confirmados nem negados por seu governo.
Israel aumentou significativamente a intensidade da sua campanha contra o Hezbollah no Líbano nas últimas semanas, realizando ataques mortais em todo o sul e leste do país, assim como na capital, Beirute.
Israel e o Hezbollah estavam trocando disparos na fronteira desde outubro do ano passado, quando a milícia libanesa começou a atacar Israel, como uma demonstração de apoio aos palestinos de Gaza.
O governo de Joe Biden pediu a Israel para conter a ofensiva militar em Gaza e instou o país a proteger os civis palestinos — mas, ao mesmo tempo, reiterou seu compromisso com o “direito de Israel de se defender” e continuou a enviar equipamentos militares.
Os Estados Unidos têm uma rivalidade histórica com o Irã — e já colaboraram na resposta ao primeiro ataque iraniano contra Israel neste ano.