“Não há vidas em perigo, embora as infraestruturas possam estar ameaçadas”, disse o presidente da Islândia , Gudni Johannesson, na rede social X, acrescentando que não houve interrupções nos voos.
A erupção começou na manhã deste domingo, ao norte da cidade de Grindavik, que no dia anterior havia sido evacuada pela segunda vez em um mês por risco de erupção causada por atividades sísmicas, segundo as autoridades.
As autoridades têm construído barreiras de terra e de rocha nas últimas semanas para tentar impedir que a lava chegue a Grindavik, que fica a cerca de 40 quilometros da capital Reykjavik, mas a última erupção parece ter penetrado nas defesas da cidade.
“De acordo com as primeiras imagens do voo de vigilância da Guarda Costeira, abriu-se uma fenda em ambos os lados das defesas que começaram a ser construídas a norte de Grindavík”, informou o Gabinete Meteorológico da Islândia , IMO.
Com base em modelos de fluxo, a lava poderia levar algumas horas para chegar a Grindavik se continuasse a fluir em direção à cidade, disse um porta-voz da IMO à emissora pública RUV.
Vulcão entra em erupção na Islândia — Foto: Defesa Civil da Islândia/Reuters
Ponto Vulcânico
Foi a segunda erupção vulcânica na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, em menos de um mês e a quinta desde 2021.
No mês passado, uma erupção no sistema vulcânico Svartsengi em 18 de dezembro, levou à evacuação dos 4.000 residentes de Grindavik e o fechamento do spa geotérmico Lagoa Azul, um ponto turístico popular.
Mais de 100 residentes de Grindavik regressaram nas últimas semanas, antes da nova ordem de evacuação deste sábado, segundo as autoridades locais.
A Islândia fica entre duas das maiores placas tectónicas do planeta, a da Eurásia e da América do Norte, que se movem em direções opostas.
Em 2010, nuvens de cinzas resultantes de erupções no vulcão Eyafjallajokull, no sul da Islândia, se espalharam por grande parte da Europa, impedindo cerca de 100 mil voos e forçando centenas de islandeses a evacuarem as suas casas.
Ao contrário de Eyafjallajokull, os sistemas vulcânicos de Reykjanes não estão presos sob geleiras e, portanto, não se espera que causem nuvens de cinzas semelhantes.