O cartunista, escritor, jornalista, colunista e dramaturgo Ziraldo deve ser velado neste domingo (7) na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de Janeiro. A expectativa é que o velório seja aberto ao público a partir das 10h. O enterro deve acontecer à tarde, no Cemitério São João Batista. O cartunista morreu neste sábado (6) enquanto dormia em sua casa, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, neste sábado (6).
Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932 em Caratinga (MG). Ao longo de sete décadas de carreira, deixou uma marca importante na cultura brasileira, com livros, charges e um dos principais veículos de crítica à ditadura militar, o jornal “O Pasquim”.
O “Menino Maluquinho”, sua principal obra, foi publicado em 1980, e virou adaptação para o cinema e para a TV, seriados, desenhos animados e até ópera. O livro, que vendeu milhões de cópias em todo o mundo, recebeu o prêmio Jabuti de literatura infantil de 1980.
Em 1958, ele se casou com a esposa, Vilma, com quem teve três filhos: as cineastas e dramaturgas Daniela Thomas e Fabrizia Alves Pinto e o compositor de trilhas sonoras Antônio Pinto.
Ao longo dos anos, ele se tornou um dos autores nacionais mais conhecidos. As filas de fãs que esperavam por um autógrafo de Ziraldo nas Bienais de Literatura do Rio e de São Paulo se tornaram famosas e viraram até tema de documentário. Mesmo com idade avançada, ele fazia questão de passar de 4 a 5 horas conversando com seus fãs. Era a fila mais concorrida das bienais e isso rendia histórias emocionantes.
A morte de Ziraldo repercute nas redes sociais. Personalidades, políticos e artistas lamentaram a perda e enalteceram a memória do cartunista. “Ídolo de uma geração de crianças”, lembrou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Ziraldo deixa um imenso legado à cultura brasileira, com o seu ‘Menino Maluquinho’ e tantas outras criações”, comentou o ministro da Educação, Camilo Santana.